Com um bate-papo entre o cordelista Franklin Machado e os alunos das 2ª e 3ª séries do Ensino Fundamental do Centro de Educação Básica, a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) abriu, na última quinta-feira (20), a exposição Ofício de Cantar e Ilustrar: Cordelistas, Xilógrafos e Folheteiros.
A mostra fica aberta ao público até 30 de setembro na Sala de Exposições Temporárias do Museu Casa do Sertão, campus universitário. A proposta é apresentar as etapas de composição e ilustração da literatura de cordel, dando destaque aos produtores desta arte popular.
Para esta exposição, foram selecionadas xilogravuras prontas e matrizes, folhetos de cordéis e diversos livros que tratam da temática cordel e xilogravura. Para a organização do evento, a diretora do Museu Casa do Sertão, Cristiana Barbosa, contou com colaboração dos artistas Antonio Alves da Silva, Franklin Maxado, Jurivaldo Alves da Silva e Luiz Natividade.
A exposição estará aberta ao público de segunda a sexta, das 8 às 11 da manhã e das 14 às 17 horas. Os interessados em agendar visitas devem ligar para os seguintes números: 3224-8099 / 3224-8029.
A literatura de Cordel é herança da cultura portuguesa, trazida pelos colonizadores entre os séculos 16 e 17. No entanto, só a partir do século 19 é que passa a ser impressa também no Brasil, inicialmente na região Nordeste. Escrita a partir das narrativas orais, a literatura de Cordel são folhetos que conservam marcas da linguagem oral, o que a diferencia da literatura considerada erudita.
As capas dos folhetos são enfeitadas com xilogravuras, uma espécie de carimbo, talhadas em tacos de madeira mole e de longa duração. O xilógrafo ou xilogravador é aquele que, por oficio, talha as imagens em madeira.
Ascom/Uefs.