Educação & Cultura

Lançado em Fortaleza documentário sobre o compositor Humberto Teixeira

Dificuldades com a captação de recursos fizeram com que o trabalho levasse cerca de uma década para ser concluído. Depois da exibição em alguns festivais, inclusive na última edição do Cine Ceará (no qual ganhou os prêmios de roteiro, som e melhor longa segundo a crítica), “O homem que engarrafava nuvens” finalmente pode encontrar seu público nas salas de cinema: a pré-estréia aconteceu nesta quinta-feira (07), na Sala 2 do Espaço Unibanco, em Fortaleza-CE. O filme entra em cartaz no circuito comercial no próximo dia 15.

Focado na figura de Humberto Teixeira, um dos mais prolíficos compositores da música popular brasileira, o documentário acompanha Denise Dumont em busca de saber mais sobre as origens e a vida de seu pai. Compositor de canções como “Asa Branca”, Teixeira teve em Luiz Gonzaga seu maior intérprete.

Além de celebrar a obra artística e musical de Teixeira, o filme apresenta também o homem por trás das composições. Segundo Denise, em entrevista concedida na época da exibição do filme no Cine Ceará, o documentário é um resgate da memória de seu pai, com quem ela tinha uma relação atribulada. 

Cinema e música 

O projeto seria, inclusive, dirigido por ela. “Iria dirigir, produzir, cantar e dançar baião”, declarou. “Mas como a coisa começou a ficar grande. Como nunca tinha feito nada parecido, descobri que precisava de um diretor”, contou. “O homem que engarrafava nuvens” traz a marca de Lírio Ferreira na direção, que, a julgar por seus trabalhos, tem uma estreita relação com a música.

Além de sempre abrir espaço para a trilha sonora em filmes como “Baile Perfumado” e “Árido Movie”, Ferreira já dirigiu videoclipes para artista como o pernambucano Otto, e comandou um documentário sobre outro gigante da MPB, em “Cartola – Música para os Olhos”. 

Costurado por várias imagens de arquivo e uma série de depoimentos de nomes de diferentes gerações ligados à música, como Bebel Gilberto e Gal Costa, “O homem que engarrafava nuvens” também acompanha a trajetória pessoal de Denise Dumont, a filha a procura da história do pai. A partir desse caminho, Lírio opta por mesclar uma abordagem histórica e de resgate (não apenas de Teixeira, mas do próprio baião) característica de uma linguagem peculiar aos documentários, com outra de caráter mais particular, que atribui ao filme um tom mais intimista. 

Fonte: Diário do Nordeste

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