Economia

Parceria eleva em 50% a produção de leite no sudoeste baiano

A partir de uma parceria do Sebrae Bahia com a Federação da Agricultura do Estado (Faeb) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Gera Leite (14 produtores) e o Gestor de Corte (20 proprietários), constituídos há dois anos na microrregião de Itapetinga, no sudoeste baiano, obtiveram aumento médio de 50% da produtividade do rebanho.

O crescimento foi confirmado pelo presidente da Cooperativa de Produtores de Leite de Itapetinga (Cooleite), Antônio Rodrigues de Oliveira, e pelo criador da fazenda Porangaba, Haroldo Pereira de Almeida, durante visita do diretor Operacional do Sebrae/BA, Paulo Manso Cabral, aos projetos no município.

Na Cooleite, Paulo Manso Cabral, acompanhado do coordenador regional do Sebrae/BA em Vitória da Conquista, Cláudio Cardoso, e do gestor de projetos Lívio Muniz, se inteirou do programa e conheceu todo sistema da unidade de processamento de leite e fabricação de queijo, doces e manteiga.

Um grupo de técnicos e representantes do Sindicato dos Produtores Rurais de Itapetinga fez uma explanação sobre os projetos, mostrando os avanços tecnológicos e ganhos de produtividade conquistados nos últimos dez anos pelos produtores da microrregião.

Na Cooperativa dos Produtores do Rio Pardo (Coopardo), a equipe do Sebrae/BA foi recebida pelo presidente Rômulo Couto Coelho. O diretor operacional ficou impressionado com o sistema de informatização da empresa que controla toda a produção de seis toneladas de rações por hora. A matéria-prima de grãos (milho e soja) é adquirida na região de Barreiras e toda produção da Cooperativa é comercializada no mercado interno da Bahia.

Pela primeira vez, o Sebrae/BA, em conjunto com a Faeb, está concluindo projeto de gerenciamento comercial que será executado com a Coopardo, visando incrementar o mercado distribuidor das rações.

Avanços do grupo

O presidente da Cooleite e produtor Antônio Rodrigues conta que antes a atividade predominante na região era o gado de corte, criado de forma extensiva. A partir da instalação da unidade de laticínio e da parceria Faeb/Senar/Sebrae as coisas mudaram muito para melhor, especialmente em termos de produtividade de leite.

Segundo o presidente, o produtor só entra com 25% do custo total do programa. O investimento seria bem maior se o criador fosse contratar esses técnicos – observa Antônio Rodrigues. “Hoje sentimos a grande diferença entre quem participa e quem está fora do Grupo Geral Leite”. No seu caso específico, ele destacou que antes possuía vacas para criar bezerros; hoje, com a introdução da genética e do melhoramento da pastagem, cada animal já produz 40 litros de leite por dia, que são comercializados no mercado, cobrindo os custos.

O grupo dos 14 que são associados à Cooleite já produz em torno de 14 mil litros de leite por dia. A Cooperativa, cuja usina tem capacidade para processar 80 mil litros por dia (trabalha com cerca de 30 mil litros) conta hoje com 120 associados e 400 fornecedores.

Do total produzido, 70% são de cooperados e o preço por litro pago ao criador varia entre R$ 0,47 (produção de difícil acesso) até R$ 0,59 para o produto de boa qualidade (gelado). Mesmo assim, Antônio Rodrigues reconhece que o setor ainda tem muito espaço para avançar em termos tecnológicos.

Da Agência Sebrae

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