Justiça

Dono de garimpo indiciado por tragédia na Serra da Carnaíba, em Pindobaçu

Foto com Link

Foto com Link de Direcionamento

Descrição da imagem

Clique na imagem para ser redirecionado para o site.

O proprietário do garimpo, Sivaldo Pereira do Nascimento (Bolinha), e o gerente do local, Gildásio dos Santos (Cabeção), foram indiciados por homicidio culposo, enquadrados nos artigos 121, 29 e 69, todos do código penal.

As vitimas identificadas como sendo Edivaldo Araujo Cirqueira, Antonio dos Santos Cardoso, Silvino Benicio de Souza, Arnaldo Conceição de Almeida e Edivaldo Cardoso de Alcãntara, trabalhavam no garimpo denominado Deus é Amor, de extração de esmeraldas, desciam diariamente através de um elevador até a mina.

Durante a investigação, chamou a atenção da policia os depoimentos de dois funcionários, o operador do guincho Joventino Carvalho da Silva, e José Gonçalves, o Fio.

Joventino contou que …”as cinco vítimas se preparavam para descer, o declarante deu o toque para o cabo de aço subir e centralizar para iniciar a descida, ligando o motor do guincho, que quando puxou o freio, uma porca que segura o parafuso que faz parte do freio de mão soltou, e o cabo de aço começou a descer em alta velocidade, que o declarante tentou a segunda opção tentando parar com a trava que é acionada com os pés, que quando acionou saiu faísca de fogo por conta do atrito, entretanto não teve mais condições de parar o cabo de aço…”

Ao ser perguntado pelo delegado, se sabia informar as causas do acidente, o guincheiro respondeu: “…Se tivesse apenas duas pessoas não haveria o acidente, e quem determina a quantidade de pessoas que vai descer para trabalhar são os reponsáveis pela mina…”

Joventino também declarou em depoimento “que, após o acidente, viu Bolinha determinar a pessoa conhecida como Fio para colocar a porca no lugar com objetivo de esconder o que tinha acontecido… que quando a perícia chegou a peça com defeito tinha sido colocada no lugar”.

O guincheiro contou ainda que nunca recebeu nenhum tipo de treinamento e a manutenção somente era feita quando qualquer uma das peças estivesse improprias para o uso.

O depoimento de José Gonçalves, o Fio, confirma o que declarou o guincheiro. As alegações dos indiciados, Bolinha e Cabeção, segundo o delegado, não foram convincentes, tendo em vista que o equipamento utilizado é nitidamente inapropriado para transportar seres humanos, e que foi constado pela perícia flagrante desrrespeito às normas regulamentadoras NR2- Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração…

O delegado Delmar Araújo Bittencourt não indiciou o guincheiro, já que não ficou provado que seu compartamento deu causa ao acidente. O caso agora é com a justiça.

Informações do blog do Walterley Kuhin 

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo