O parlamentar negou participação no suposto esquema de propina e disse estar a disposição do inquérito e das apurações do Ministério Público e da Justiça.
“A imprensa noticiou que o meu nome aparecia em escutas telefônicas, realizadas pela Secretaria de Segurança Pública, para apurar denúncias de fraudes em licitações do transporte público. Mas em nenhum momento nessas transcrições de escutas há conversas minhas relativas a esquemas de cobranças de propinas. Ressalto que nunca marquei e nunca houve reunião em meu gabinete com as pessoas mencionadas na investigação policial. Portanto não posso pagar o preço de conversas de terceiros que eventualmente tenham citado o meu nome”, disse o deputado.
Embora se exima da participação em esquemas, o deputado destacou sua disposição em colaborar com as investigações. “Inclusive me adianto ao processo de investigação e, no intuito de colaborar com o inquérito, coloco à disposição documento que autoriza a quebra de meus sigilos bancário e fiscal”, enfatizou.
Durante o pronunciamento, o líder do PMDB na Casa citou que a operação foi destinada à perseguição política com a evidente natureza de retaliar e constranger os atuais adversários políticos deste governo. Leur Jr. disse ainda que a Operação é digna de questionamentos, como o fato de o governador Jaques Wagner saber das irregularidades anteriormente e só deixar para investigar a denúncia depois da saída do PMDB da base do governo.
O deputado Leur citou também a existência de uma “central de grampos” com o objetivo de expor a situações vexatórias autoridades e cidadãos de comprovada lisura e comportamento. “O próprio Ministério Público Federal e imprensa nacional chegaram a mencionar a existência de grampos ilegais na Bahia. Não duvidem, caros deputados, de que muitos dos senhores aqui presentes não estejam com seus telefones grampeados”, alertou.
