Polícia

Salvador – Ravengar envia carta ao Correio e se diz vítima de “infâmia”

Numa carta de quatro laudas enviada ao Jornal Correio, antigo Correio da Bahia, o traficante se diz vítima de “infâmia”, garante ser um preso de bom comportamento e reivindica direito à defesa.

No manuscrito de três capítulos, rebateu a acusação de ter criado um código de conduta na penitenciária e negou a prática de extorsão contra colegas, como concluiu uma sindicância interna. Segundo a carta de Ravengar, o Módulo 1, do qual lhe é atribuída a liderança, vive dias tranquilos. Pelo menos, “nunca viveu, nos últimos dois anos, o toque de terror”.

O tom jurídico da carta enviada ao jornal é o mesmo utilizado na cartilha de deveres seguida à risca pelos internos da PLB, conhecida como Código Ravengar ou Estatuto do Crime. Digitada, impressa e encadernada, a cartilha reúne 14 “obediências”, como se fossem artigos de uma lei.

Com a mesma linguagem, citando princípios do direito e artigos da Constituição, no novo manuscrito Ravengar assegura que tem sido mal compreendido “pela inconveniência da verdade”. O documento é dividido em três capítulos (Da Infâmia – Da Extorsão e Do Crime de Lesa-Majestade), nos quais é fundamentada a sua “defesa”.

Sua intenção, diz, é “tentar colaborar com os companheiros de cela, produzindo a teia positiva da engrenagem laborativa, para aqueles que buscam dignamente seu retorno à sociedade”. Acima de tudo, Raimundo Alves, o Ravengar, se diz injustiçado.

Para embasar seus argumentos de que vive tempos de mordaça, cita ditadores famosos. “Tenho sido alvo de várias matérias onde sou atacado escarniçadamente sem direito a defesa, como se estivesse vivendo o auto consagrado da Alemanha de Hitler, a dolorosa democracia de Stalin e o terror movido por Savanarola, o ‘direito penal do inimigo’”. 

Com informações do Correio

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