História

No dia de Santa Luzia, há 97 anos, nascia Luiz Gonzaga

Poucos anos depois este menino viraria Luiz, ou o filho de Januário e Santana. Mais tarde o Brasil o conheceria como Luiz Gonzaga, Gonzaga, Gonzagão ou simplesmente Seu Lua. Foram cinco décadas de sucesso, dezenas de discos gravados e músicas e mais músicas gravadas.

A partir da década de 1940, Gonzaga começa a cantar profissionalmente no Rio de Janeiro. A partir de então, notadamente a partir de 1945, explode para a música brasileira. Além de exímio sanfoneiro e possuir uma voz de ouro, o pernambucano sempre teve a capacidade de aliar o seu talento com grandes parcerias, como Humberto Teixeira e Zé Dantas, que lhe permitiram esticar a sua longevidade.

Durante todo esse tempo Luiz Gonzaga representou a grande voz do sertão nordestino, o homem que cantava o seu povo, o seu lugar, os umbuzeiros, os riachos, as feiras livres, as festas, as tradições populares, o cangaço de Lampião, a religiosidade de Padre Cícero e o artesanato de Mestre Vitalino.

Do sul do país, Gonzaga mandava recado para os “seus irmãos” pelo rádio, que tocava as suas belas canções. Embalava pobres e ricos, homens tristes e alegres. Foi, inegavelmente, o grande precursor da música nordestina no sul do país e o principal pilar das festas juninas.

Gonzaga nos deixou em agosto de 1989. Mas ficou o seu legado, embora as transformações de indústria cultural teimem em criar fantasmas, negando-o às novas gerações. Contudo, a sua força é tão grande, que equívocos aqui e ali não conseguem sufocar o seu brilho.

Por Evandro Matos  

   

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