O processo de votação teve início, ao contrário das semanas anteriores, mas ainda assim a mobilização dos governistas não foi suficiente para garantir a aprovação do protocolo. Se for aprovado pelo Senado, o ingresso da Venezuela no bloco econômico ainda não estará garantido. O Paraguai não concluiu a análise do tema, o que atrasa as negociações.
A Argentina e o Uruguai já aprovaram o protocolo de adesão, mas caberá ao Paraguai definir, uma vez que os quatro países-membros do Mercosul têm que avalizar o ingresso da Venezuela para que o país possa efetivamente integrar o bloco econômico.
A oposição é contra o ingresso da Venezuela no Mercosul por considerar que o presidente do país, Hugo Chávez, coloca em risco a democracia no bloco econômico. O governo adiou a votação nas últimas semanas por não ter certeza da vantagem sobre a oposição. Os oposicionistas criticaram, em especial, o fato de Lula ter anunciado na semana passada que o Senado iria aprovar o ingresso da Venezuela no bloco econômico.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que o Mercosul será prejudicado por ações “chavistas” ao viabilizar o protocolo de adesão. “Quem votar a favor do ingresso da Venezuela que assuma a responsabilidade pelo o que acontecer. Hoje convocamos simbolicamente para a missa de sétimo dia do Mercosul. Vamos atrasar em anos, em décadas quem sabe a integração da América do Sul”, disse.
Os governistas, por sua vez, defendem a integração da Venezuela porque consideram que Chávez não ficará no comando do país para sempre.
Informações da Folha Online
