Municípios brasileiros que correm risco de enfrentar uma epidemia de dengue em 2010 estão capacitando mais agentes de controle para reforçar as equipes e cobram da população maior engajamento no combate à doença.
Em Ilhéus (BA), médicos, enfermeiros e técnicos de saúde já participaram da primeira etapa da capacitação. Profissionais de saúde com nível médio também concluíram uma espécie de minicurso sobre o combate à doença. O destaque, entretanto, está na mobilização de agentes do Programa Saúde da Família, que alertam para a responsabilidade da população no sentido de evitar a formação de criadouros do Aedes aegypti.
No estado de Minas Gerais, os bairros de classe média e média alta do município de Governador Valadares concentram o maior número de focos do mosquito da dengue. De acordo com a prefeitura, o principal foco do Aedes aegypti são os ralos.
O Levantamento de Índice Rápido por Infestação de Aedes aepypti (Liraa) aponta um percentual de 5,1% na cidade mas, em quatro bairros, os número chega a 10,9%. O fato de mais de 40% dos focos estarem dentro das casas requer maior participação da população no combate à doença.
A dengue é uma doença febril aguda não transmitida de pessoa para pessoa. O principal vetor é o mosquito Aedes aegypti que, após um período de dez a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus durante toda a vida.
Existem duas formas da doença: a clássica e a hemorrágica. A primeira apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos. Ela pode afetar crianças e adultos, mas raramente mata. Já a dengue hemorrágica é mais severa – além dos sintomas presentes da forma clássica, podem ocorrer sangramento e morte.
Da Agência Brasil
