Mas ressaltou que o fato revela o stress e tensão a que estão submetidos os policiais baianos, diante da falta de garantias e condições materiais para exercerem as suas funções.
“De acordo com a própria imprensa, os policiais disseram que não queriam ser fotografados com medo de serem identificados por bandidos. O motivo não justifica a ação dos policiais, mas deixa evidente a fragilidade que se encontra o sistema de segurança pública na Bahia”.
Segundo a vítima, os dois policiais do Esquadrão Águia perseguiam dois homens numa moto. Ele tentou fotografar a ação. Os policiais o pararam e um deles, de arma na mão, ordenou aos gritos que parasse. Depois o revistou como a um dos suspeitos e revelou o seu temor em ser fotografado. “Quando policiais têm medo de ver a sua foto no jornal, o que resta a um cidadão comum?”, indaga o ministro.
Ele ressalta que enquanto os policiais “sem coletes à prova de bala, combustível, viaturas, armas insuficientes, recebendo um dos menores salários da categoria no país e sem um contingente adequado” se sentem amedrontados, o crime cresce em todo o Estado.
“Neste sábado mesmo tivemos uma chacina em Salvador relacionada com o tráfico de drogas, que hoje toma conta até das pequenas cidades. Todo final de semana ocorrem dezenas de assassinatos e os assaltos se multiplicam”, avalia o ministro.
