Tentarão reverter nos tribunais a decisão que resultou na antecipação da convenção do PMDB de março para 6 de fevereiro. Nessa convenção, o deputado Michel Temer (SP) será reconduzido à presidência do PMDB. Não se irá deliberar, ainda, sobre o apoio a Dilma.
Mas o grupo dos descontentes receia que, vitaminado pela recondução de Temer, o pedaço governista da legenda converta o apoio a Dilma em fato consumado. O movimento de resistência à realização prematura da convenção foi inaugurado por Orestes Quércia, presidente do PMDB-SP.
Atraiu para a causa outros quatro diretórios: o de Santa Catarina, liderado pelo governador Luiz Henrique; o do Paraná, submetido a Roberto Requião; o do Rio Grande do Sul, presidido por Pedro Simon; e o de Pernambuco, que segue a liderança de Jarbas Vasconcelos.
Fechado com o candidato tucano José Serra, Quércia serve-se do pretexto de que a direção nacional age para bloquear o surgimento de um presidenciável do PMDB.
Com isso, atraiu para sua barricada os pemedebês que, como ele, apóiam Serra, e também os correligionários que tentam empinar a candidatura de Roberto Requião.
Embora todos o saibam um candidato inviável por falta de apoio, Requião se diz presidenciável. Inclusive já registrou sua candidatura no partido.
A direção governista do PMDB dá de ombros para o recurso à Justiça. Alega que o mandato dos atuais dirigentes do partido expira em março.
A eleição de Temer e do novo diretório é, assim, um imperativo legal e regimental. Poderia se realizar “até” 10 de março.
Alega-se que a opção por 6 de fevereiro nada tem a ver com a inspiração “golpista” invocada pelos descontentes.
Com informações do Blog do Josias
