Gutemberg Duarte, advogado do ex-secretário de Comunicação e Governo da Prefeitura de Porto Seguro, Edésio Lima, afirmou que o acusado de chefiar o assassinato de dois professores integrantes da APLB local se apresentará a justiça a qualquer momento.
Em entrevista a sites de notícias locais, Duarte tentou deixar claro que seu cliente “não está” foragido da justiça, mas apenas em viagem e prestes a chegar. A informação do O Sollo é de que ele estaria aguardando a preparação de uma documentação.
Falando ao Jornal Radar64, ele explicou a situação. “Estamos fazendo contato com a polícia para fazer a sua apresentação de forma espontânea, a fim de esclarecer aquilo que é de interesse da polícia, da justiça, da comunidade e, sobretudo, do Governo Abade, que tem interesse que este fato seja esclarecido e os verdadeiros culpados sejam penalizados”.
Edésio é acusado de ter orquestrado o assassinato dos professores Álvaro Henrique Santos, 28 anos e Elisney Pereira, 31, em setembro do ano passado. Os dois eram dirigentes do Sindicato dos Professores do município.
Para o advogado, o pedido de prisão preventiva foi um exagero. “As provas e os indícios são ínfimos sobre sua pessoa. Entendo que a representação pela prisão ao juízo da Vara Crime foi precipitada, quanto desnecessária, porque se trata se um secretário de governo que está ao acesso da Justiça e da polícia em todos os momentos, mora em Porto Seguro e milita a mais de 40 anos na vida pública, sem máculas ou outra situação”
Clima
Em meio a denúncias de irregularidades, a situação político-administrativa se tornou mais tensa em Porto Seguro após o episódio do pedido de prisão. Segundo o Pimenta na Muqueca, o vereador Gilvan Florêncio, do PT, entrou com pedido de impeachment do prefeito Gilberto Abade (PSB). O Pimenta ainda destaca que “o gozado é que, há menos de uma semana, o partido negociava a sua entrada no governo do pessebista”.
Fora o problema na Câmara Municipal, a classe dos professores estão a fazer um grande barulho nas ruas do município. Eles seguiram pelas ruas em protesto pedindo o impeachment do prefeito e foram parar dentro das dependências da Câmara Municipal, onde estava sendo realizada uma sessão ordinária. Foi na oportunidade que alguns vereadores se posicionaram a respeito do impeachment.
