Os discursos proferidos pelos caciques do PT como José Raimundo Fontes, Waldenor Pereira de um lado, e Guilherme Menezes de outro, demonstram claramente que o partido em Vitória da Conquista está marcado por grandes divergências internas.
Em matéria veiculada por este portal em 26 de novembro de 2009, intitulada “Conquista – Vitória de Rivaldo Gusmão mina candidaturas de caciques do PT”, já mostrava que o partido estava dividido em dois grupos: o primeiro liderado pelo ex-deputado federal e atual prefeito Guilherme Menezes, e o outro liderado pelo deputado estadual Waldenor Pereira, líder do governo na Assembléia Legislativa da Bahia, e pelo ex-prefeito José Raimundo Fontes.
Waldenor Pereira é pré-candidato a deputado federal, e José Raimundo é pré-candidato a deputado estadual.
A situação no final de 2009 e a de agora
Na época, existiam burburinhos no meio político que Guilherme Menezes iria apoiar o presidente da Câmara de Vereadores Gildásio Silveira (PT) para deputado estadual, e a Secretária da Transparência, Nadjara Régis, para deputado federal. Ambos já foram assessores de Guilherme Menezes quando este era deputado federal.
Hoje, a situação é outra, e Guilherme Menezes tem sinalizado que irá apoiar Walmir Assunção para deputado federal, e Marcelino Galo para a Assembléia Legislativa. O apoio do prefeito de Conquista aos referidos candidatos acaba por minar as candidaturas de Waldenor Pereira e José Raimundo Fontes, uma vez que quatro candidatos devem disputar os mesmos redutos.
Outra diferença que existe entre os grupos de Guilherme Menezes e Waldenor Pereira é na composição da chapa ao Senado. O primeiro apóia a pré-candidatura de Waldir Pires, enquanto que o segundo quer apoiar a chapa com os ex-carlistas César Borges e Otto Alencar.
Divisão interna não e recente
Geralmente quando os militantes são questionados sobre a divisão interna que o PT possui em Vitória da Conquista, os membros do partido encaram o problema com naturalidade, afirmando que as divergências são uma prova concreta de democracia que o partido vivencia.
Por Ramon Gusmão – Correspondente na Região Sudoeste
