História

Jornal ‘Estadão’ exibe fotos sobre a cultura religiosa em Igatu, na Chapada

Sob o comando de uma matraca, que anuncia o início das rezas, a população se cobre com lençóis brancos da cabeça aos pés e entoam ladainhas pelas ruas de pedra da pequena Igatu, na Chapada Diamantina, Bahia. É o Terno das Almas, uma espécie de procissão em que as pessoas oram pela alma dos mortos, que acontece cerca de três vezes por semana durante o período da Quaresma e termina na Semana Santa.

Os participantes peregrinam por vários pontos da vila, rezando e cantando por cerca de uma hora. Ao final, sacodem os lençóis três vezes. Durante 23 anos, essa manifestação religiosa caiu no esquecimento. Por meio do esforço do artista plástico Marcos Zacariades, a prática foi retomada em 2003. Sob a liderança de Danúsia dos Santos, parte da história foi resgata e, desde então, o Terno é realizado todos os anos.

Igatu, encravada na Serra do Sincorá, pertencente ao município de Andaraí, já foi uma importante área de exploração de diamante. Com a redução das atividades do garimpo, o vilarejo que teve mais de nove mil moradores no auge da exploração, viu a população diminuir, e quase virou uma cidade fantasma. Hoje, com seus quase 400 habitantes, o local respira novos ares. Impulsionados pelo turismo, os moradores do pacato lugarejo fazem da manutenção de suas tradições e da conservação dos recursos naturais da localidade, o seu diamante atual.

Veja todas as fotografias no blog Olhar Sobre o Mundo, no Estadão.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo